mal secreto

Se, a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração,no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Autor:Raimundo Correia

Tema central:As aparências enganam,mente humana.

versos:decassílabos

Rimas:Alternadas no quarteto(abab) e misturadas nos tercetos(ccd)

Possui rimas ricas:Chora-agora,consigo-inimigo.

Apresenta:Análise psicológica,linguagem cuidada,preocupação com a forma do poema,Enjambment.

Figuras de linguagem:Metáfora(”cólera que espuma”,”a dor que mora n’alma”,”ilusão que nasce”,anáfora(tudo…tudo)

Análise:O poema mostra uma visão de que a nossa alma transmite tudo que sente,entretanto insistentemente tentamos disfarçar nossos sentimentos principalmente os ruins.Relacionando essência e aparência,gerando uma certa hipocrisia entre as duas coisas,criando assim uma visão melancólica da vida.

1 estrofe:Muitas vezes temos sentimentos obscuros,porém tentamos passar felicidade ao mesmo que tempo que somos corroídos por dentro pelas emoções ruins.

2 Estrofe:Expressa algo comum hoje em dia,que sentimos inveja de pessoas que parecem ter a vida perfeita,mas  estas possuem vidas tão ruins que deveríamos ter pena.

3 Estrofe:Se assemelha a 1 estrofe,pois da mesma maneira fala sobre sentimentos que ficam guardados dentro de nós e da tentativa de usar umas máscara para escondê-los e isso faz com que eles cresçam como uma ferida.

4 Estrofe:Que a vida dessas pessoas tem como unica satisfação pessoal,parecerem estarem satisfeitas com a vida.

 

 

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